Celebrar a Páscoa do Senhor é celebrar o amor…


As celebrações pascais, neste Ano Jubilar, devem ter para cada uma e cada um de nós um novo sabor, um impacto especial, uma nova e mais profunda vivência. O tríduo pascal coloca diante de nós a celebração do amor: eucarístico, crucificado, ressuscitado. Mas sempre o amor do mistério pascal, da oferta de Jesus, feito pão na Eucaristia, feito verme e maldito na cruz, feito vida nova na manhã de Pascoa.

Celebrar o amor em Quinta Feira Santa, o amor da instituição da Eucaristia, o amor humilde do lava pés, o amor da oração sacerdotal, o amor que é unidade e pede unidade, o amor eclesial que nasce da Eucaristia, o amor que se dá e Se faz alimento, o amor que é Pão Vivo, o amor que nos alimenta, fortifica, sacia, diviniza.

Celebrar o amor em Sexta Feira Santa, o amor que O faz sofrer e ir à cruz, o amor que O faz ser pecado e maldito por nosso amor, o amor que O faz dar a vida em resgate da multidão, o amor que O faz ser Cordeiro que tira o pecado do mundo, o amor que O faz ficar com o Coração aberto para derramar sobre nós torrentes de misericórdia e de graça, o amor que O faz ser grão de trigo que Se imola para gerar vida, o amor que é misericórdia na súplica: “Pai, perdoa-lhes…”.

Celebrar o amor em Domingo de Páscoa, o amor alegre, vivo e glorioso, o amor fonte da nossa vida e ressurreição, o amor que nos dá o Pão e nos trata por irmãos, o amor que anima e dá poder aos discípulos, o amor que O faz presente na Igreja, na Palavra, na Eucaristia, nos outros, na autoridade, em nos próprios, o amor que quer estabelecer connosco uma vida nova.

Celebrar o amor tem de significar aprender a amar, ser amor para os outros, sairmos das celebrações pascais a amar mais e melhor. São para isto as celebrações litúrgicas. Não são “teatro piedoso”, mas escola de vida.

Pe. Francisco Andrade


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