Reflexão sobre o exame de consciência
Jesus confia-nos inclusive o «protocolo», de acordo com o qual seremos julgados. No fim do mundo nós seremos julgados. E quais serão as perguntas que nos farão lá? Quais serão as interrogações? Qual é o protocolo segundo o qual o Juiz nos julgará? É aquele que encontramos no capítulo 25 do Evangelho de Mateus.
Fixemo-nos na leitura do capítulo 5 do Evangelho de Mateus, onde se encontram as Bem-Aventuranças; e no capítulo 25, onde está o protocolo, onde estão as perguntas que nos dirigirão no dia do Juízo. Não teremos títulos, créditos ou privilégios para aduzir. O Senhor reconhecer-nos-á se, por nossa vez, O tivermos reconhecido no pobre, no faminto, no indigente, no marginalizado, nos que sofrem, em quem está sozinho…
Este é um dos critérios fundamentais de averiguação da nossa vida cristã, com o qual Jesus nos convida a confrontar-nos cada dia. Leio as Bem Aventuranças e penso como deve ser a minha vida cristã, e depois faço o exame de consciência com este capítulo 25 de Mateus. Cada dia: fiz isso, fiz aquilo… Isto far-nos-á bem! São gestos simples, mas concretos.
Mt 5,3-10
Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Mt 25,31-46
Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há de sentar-se no seu trono de glória. Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos.
O Rei dirá, então, aos da sua direita: “Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.”
Então, os justos vão responder-lhe: “Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitarte?” E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: “Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes”.
Em seguida dirá aos da esquerda: “Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos! Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me”. Por sua vez, eles perguntarão: “Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?” Ele responderá, então: “Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer”.
Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.
Como confessar-se?
Celebração individual do Sacramento
Quando te apresentas como penitente, o sacerdote acolhe-te cordialmente, dirigindo palavras de encorajamento. Ele torna presente o Senhor misericordioso.
Juntamente com o sacerdote, faz o sinal da cruz, dizendo:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
O sacerdote ajuda-te a ter confiança em Deus, com estas ou outras palavras semelhantes:
O Senhor esteja no teu coração,
para confessares os teus pecados
com espírito arrependido.
O sacerdote, se for oportuno, lê ou recita de cor algum texto da Sagrada Escritura, no qual se anuncia a misericórdia de Deus e se convida o homem à conversão, por exemplo.
Rom 5, 8-9
Deus prova assim o seu amor para connosco:
Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores.
E agora, que fomos justificados pelo seu sangue,
com muito maior razão, seremos por Ele salvos da ira divina.
Neste momento, podes confessar os teus pecados. Se necessário, o sacerdote ajuda-te, faz-te perguntas e dá-te conselhos oportunos. O sacerdote convida o penitente a manifestar o arrependimento, recitando o ato de contrição ou outra fórmula semelhante,
por exemplo:
Pai, pequei contra Vós.
Já não mereço ser chamado vosso filho.
Tende compaixão de mim, que sou pecador. (Lc 15, 18; 18,13)
O sacerdote, com as mãos estendidas sobre a cabeça do penitente (ou estendendo, pelo menos, a mão direita), diz:
Deus, Pai de misericórdia,
que, pela morte e ressurreição de seu Filho,
reconciliou o mundo consigo
e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados,
te conceda, pelo ministério da Igreja,
o perdão e a paz.
E eu te absolvo dos teus pecados
em nome do Pai, e do Filho, + e do Espírito Santo.
Respondes:
Ámen.
Depois da absolvição, o sacerdote prossegue:
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom.
Respondes:
Eterna é a sua misericórdia.
A seguir, o sacerdote despede-se, dizendo:
O Senhor perdoou os teus pecados. Vai em paz.
Oração do Penitente:
Lavai-me, Senhor, da minha iniquidade,
e purificai-me de todas as faltas.
Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho sempre diante de mim as minhas culpas. Sal 50, 4-5
Ou
Senhor Jesus,
que abristes os olhos dos cegos, curastes os enfermos,
perdoastes à pecadora, e, depois da queda,
confirmastes Pedro no vosso amor,
escutai a minha oração:
perdoai todos os meus pecados,
renovai em mim o vosso amor,
e concedei-me a graça de viver
em perfeita unidade com os irmãos,
para que possa anunciar aos homens a vossa salvação!
in 24 Horas para o Senhor
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